quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Fwd: Cordel do BBB



---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Mirian <miriantavella@oi.com.br>
Data: 10 de fevereiro de 2010 11:10
Assunto: Cordel do BBB
Para: "Undisclosed-Recipient:;"@smtp2.oi.com.br


 Vê-se que a inteligência crítica popular não está totalmente sepultada, apesar dos esforços das nossas maravilhosas emissoras de televisão em emburrecer cada vez mais a população.

 Bjs.



 
 

 

 

 

 

BIG BROTHER BRASIL



Autor: Antonio Barreto,

Cordelista natural de Santa Bárbara-BA,
residente em Salvador.

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria,
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia.
Dá valor ao que é banal,
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo, não vejo
Um programa tão "fuleiro",
Produzido pela Globo,
Visando Ibope e dinheiro,
Que, além de alienar,
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro,
Que está em formação
E precisa evoluir,
Através da Educação.
Mas se torna um refém
Iletrado, "zé-ninguém"
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão,
Lá está toda a família,
Longe da realidade,
Onde a bobagem fervilha.
Não sabendo, essa gente
Desprovida e inocente,
Desta enorme "armadilha".



Cuidado, Pedro Bial,
Chega de esculhambação.
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação.
Deixe de chamar de "heróis"
Essas 'girls" e esses "boys"
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval.
Pois tiveram que lutar,
Pra manter e te educar,
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal,
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio,
Porque, quando você fala,
A sua palavra é bala,
A ferir o nosso brio.

Um país, como Brasil,
Carente de educação,
Precisa de gente grande
Para dar boa lição.
Mas você, na Rede Globo,
Faz esse papel de bobo,
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bial,
Nosso povo brasileiro,
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro.
Dá muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade,
Neste momento atual,
Se preocupa com a crise
Econômica e social,
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.


Esse programa da Globo
Vem nos mostrar, sem engano,
Que, tudo que ali ocorre,
Parece um zoológico humano,
Onde impera a esperteza,
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas,
Sem critério e sem ética,
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética,
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente,
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
"professor", Pedro Bial:
O que vocês estão querendo
É injetar o banal,
Deseducando o Brasil,
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude,
Que precisa de esperança
Educação e atitude.
Porém a mediocridade,
Unida à banalidade,
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas,
Num espaço luxuoso,
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos", na piscina,
A gastar adrenalina,
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer",
Deixando o povo demente
Refém do seu poder,
Pois saiba que, "a exceção"
(amantes da educação),
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um "mercador da ilusão",
Junto à poderosa Globo,
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita, no seu labor,
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos,
Que estão nessa cegueira,
Não façam mais ligações,
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo,
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil,
Que em nada contribui
Para o povo varonil,
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor,
Que nós somos os culpados,
Porque, saem do nosso bolso,
Esses milhões desejados,
Que são ligações diárias,
Bastante desnecessárias,
Pra esses desocupados.

A loja do BBB,
Vendendo só porcaria,
Enganando muita gente,
Que logo se contagia
Com tanta futilidade,
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco,
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração,
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

FIM

Salvador, 16 de janeiro de 2010. 

 

 

 

 

 

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